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AS SEIS HORAS DA MANHÃ.

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JUAREZ ALVARENGA

O sol, como sereia, penetra no quarto. Lá na rua, as primeiras lotações tímidas, pega os primeiros trabalhadores matutinos. É hora de construir versos concretos, dentro da poesia da realidade principiante. É hora da luta. A arena, ainda
anestesiada, esperam seus protagonistas. São seis horas da manhã, ponto inicial de um processo rotineiro. Todos acordam, com seus objetivos, poucos terão ao fim do dia, o prazer de realiza-los. Pois, ambos se confrontam com a realidade e outros tantos, são abandonados e não enfrentam no desenrolar de suas buscas frenéticas.

O amanhecer é repartido em diversos objetivos, dependendo da natureza da alma humana. Nos conventos, as freiras
amanhecem para rezar. Na Avenida Paulista, para explodir suas contas bancarias. Nas bibliotecas para ler. Nas fazendas para plantar. Nos laboratórios, os cientistas procuram lampejos geniais, a favor de descobrir invenções em benefícios da
humanidade. Nos centros de treinamento de futebol, para treinar. Estas diversificações de objetivos, complementam a
humanidade e dão significado plural, a existência humana que precisa de sentido amplo e profundo para a vida possuir magia e substancia.

Vemos, com naturalidade, uma família rica, no bairro do Morumbi, no café regrado com mamão, frutas e frios, comentar
o fabuloso crescimento do patrimônio e a decadência do casamento. Quanto mais multiplica os dólares, mais diminui a
satisfação na vida pessoal.

Ao contrário, uma família de classe “C”, no mesmo café da manhã, com pães quente e margarina, delicia com seu filho de
dez anos, a nova aposta da família, que sonha levar o filho a atingir uma faculdade MBA no futuro. E, nessa luta, apoia
sustentabilidade, deste sonho faminto e rico, em ações capaz de invadir o terreno da realidade, sequestrando os sonhos, para o patrimônio existencial.

São estes contrastes vivenciais, proporcionados pela vida e recompensados, pela própria existência, que são equilíbrio na
sua essência. Nos fazendo, protagonistas, principais dos enredos designados pelos projetos singulares da história
igualitária. Por isto, na essência da vida, ninguém é coadjuvante somos todos nós protagonistas principais. Mesmos aqueles, que acordam às seis horas da manhã, sem os entusiasmo dos sonhadores e sem as valentias dos realizadores.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 755