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Barão De Nossa Senhora do Livramento

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Joaquim Augusto de Moura

*??/??/1828
21/05/1898

Joaquim Augusto de Moura, barão de Vila Velha, na Bahia. Filho de Martiniano Moura e Albuquerque e Francisca Joaquina de Carvalho Vasconcelos, filha de Timótheo Spínola Souza e Anna Maria de Carvalho. Francisca casou-se em primeiras núpcias com Antonio Joaquim Ribeiro Guimaraes, falecido deixou a filha única Antonia Francisca de Magalhães. Viúva casou-se com Martiniano Moura e Albuquerque com quem teve o Barão de Vila Velha e mais duas filhas Anna Amélia e Maria Florinda.

Casou com Carlota Joaquina de Mattos, nascida em Rio de Contas e fixou residência na Lagoa do Timóteo, distante 56 Km da sede de Livramento de Nossa Senhora, onde já morava sua mãe. A casa do Barão é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico da Bahia- IPAC.  Após 30 anos, morando na pequena vila de São Timóteo, o Barão foi residir no Rio de Janeiro onde faleceu em 21/05/1898.  Carlota Joaquina também faleceu no Rio de Janeiro em 07/07/1922.

 O Barão não logrou êxito na procriação de filhos, mas assumiu a criação de Maria Lydia da Rocha Bastos, sua afilhada, filha do Alferes Aureliano de Rocha Bastos e de Josephina Symphorosa de Rocha Bastos. 

Em novembro de 1861, o Capitão Joaquim Augusto de Moura foi promovido a Tenente-Coronel, Comandante do 57º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional do Município de Rio de Contas, e após 18 anos, em fevereiro de 1979, foi reformado no posto de Coronel.

 Em 1862, Joaquim Augusto de Moura, então Tenente-Coronel da Guarda Nacional envolveu-se num episódio, que resultou na sua suspensão das atividades militares na G.N. em razão do descumprimento de ordens do Presidente da Provincia da Bahia, Antonio Coelho de Sá Albuquerque, em destacar guardas para escoltar presos de Rio de Contas até a Capital da Provincia da Bahia. Pela recusa de Joaquim Augusto de Moura e outros tenentes-coronéis, falam-se em motivação política-eleitoral para a punição.

Em 1873, o Imperador D. Pedro II concede a Joaquim Augusto de Moura o título de Barão de Vila Velha, em retribuição a vultosa doação de dez contos de réis que fizera para “Instrução Pública” de Rio de Contas.  Outras doações feitas pelo Barão:  para o esforço da Guerra do Paraguai e para instituições de Caridade.

Em 1881, recebeu a Comenda da Real Ordem Militar Portuguesa de Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa. Em 1884 foi nomeado para a Ordem da Rosa (alta condecoração do Império).

 Os jornais do Rio de Janeiro divulgaram inúmeras referências à sua pessoa: como administração da Santa Casa de Misericórdia (1881 a 1888); membro do Conselho Fiscal do Banco do Brasil (1886 a 1890); membro da Ordem Terceira de São Francisco de Paula e como sorteado para integrar o Juri popular.

 Registrou também o seu deslocamento anual para Petrópolis no período de novembro a fevereiro, quando o verão era mais intenso. Até mesmo um roubo de que foi vítima quando se hospedou em um hotel do Rio de Janeiro, em 1882, mereceu registo nos jornais.

Segundo Paulo Stuck Moraes, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, nº 58 (2004), o barão deveria a denominação de seu título “ao antigo nome de Livramento (BA), cidade para a qual fez vultosa doação para a instrução pública local”. Outra fonte – os “Sites de Sérgio de Freitas” – afirma que Vila Velha era o nome de Livramento do Brumado, hoje Nossa Senhora do Livramento, e que o futuro barão nasceu na região de Rio de Contas, na mesma província.

O Barão de Vila Velha faleceu aos 70 anos em 21/05/1898, no Rio de Janeiro

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744