Pedro Cardoso da Costa
A maior dificuldade para enfrentar um problema é decidir por onde começar. E um problema grave, que salta aos olhos, são as pichações em praticamente todas as cidades brasileiras. Onde quer que se vá, as marcas estão presentes: prédios públicos federais, estaduais e municipais; escolas e instituições de ensino; fóruns, procuradorias, delegacias; portas de aço de estabelecimentos comerciais. Nada escapa.
Em alguns locais, chegam a ser colocadas placas pedindo “respeito” e solicitando que não haja pichações, sob o argumento de que o condomínio ou a instituição contribui com alguma ONG ou entidade filantrópica. Esse tipo de apelo, no entanto, revela a rendição tanto da sociedade quanto do Estado diante do problema. O resultado é visível: cidades inteiras, de ponta a ponta, tomadas por pichações.
A solução definitiva talvez ainda não exista. Mas é indispensável dar o primeiro passo: reconhecer o problema como tal e implementar ações práticas de resistência.
Um exemplo concreto: a expressiva verba gasta com segurança privada por órgãos públicos deveria incluir também a proteção das fachadas externas, sacadas e muros. Contratos poderiam prever esse tipo de cuidado e, além disso, equipes de ronda poderiam ser reforçadas para coibir pichações em tempo real.
Fiz pedido ao governo do estado de São Paulo para participar desse combate e citei um prédio da Procuradoria do Estado na rua Maria Paula, Centro/SP, totalmente pichado, com cara de “coisa pública” e ao lado a sede da OAB/SP sem um rabisco.
Também é possível adotar medidas diretas, como repintar imediatamente portas ou paredes pichadas, instalar câmeras e repassar, às polícias, as imagens de quem for flagrado cometendo o ato.
Não cabe aqui apontar exatamente o que cada empresa ou instituição deve fazer, mas é inegável que todas podem — e devem — agir de alguma forma para mudar essa situação.




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