redacao@jornaldosudoeste.com

Convocação de aliados e violação da tornozeleira eletrônica levaram à prisão preventiva de Jair Bolsonaro

Publicado em

WhatsApp
Facebook
Copiar Link
URL copiada com sucesso!

POR REDAÇÃO JS* (redacao@jornaldosudoeste.com)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou neste sábado (22/11) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), após pedido da Polícia Federal. A decisão foi motivada por dois fatores principais: a convocação de apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, feita na véspera, através das redes sociais, pelo senador Flávio Bolsonaro, e a tentativa de romper a tornozeleira eletrônica durante a madrugada.

Jair Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal em Brasília e levado para a Superintendência da corporação. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, não se trata do início da execução da pena pela condenação na Ação sobre a trama golpista de 2022 – ainda sem trânsito em julgado – mas de uma Medida Cautelar diante do “elevado risco de fuga”.

Tentativa de fuga

De acordo com informações da Polícia Federal, que justificaram a decretação da prisão preventiva, às 0h08 deste sábado Bolsonaro violou o equipamento de monitoramento em sua residência. O episódio foi registrado pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal e comunicado à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal. Para o ministro Alexandre de Moraes, a ação evidenciou a intenção de fuga, que poderia ser facilitada pela mobilização de apoiadores convocada pelo filho, senador Flávio Bolsonaro (PL), na noite anterior.

O ministro destacou ainda que a estratégia se assemelha à utilizada por aliados em 2022, quando manifestações e acampamentos golpistas criaram ambiente favorável a atos de desordem. Alexandre de Moraes citou como precedentes as evasões de Carla Zambelli (PL/SP), presa na Itália, e Alexandre Ramagem (PL/RJ), que deixou o país rumo aos Estados Unidos, apesar de Medidas Cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal.

Detenção em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro ficará inicialmente na Sala de Estado Maior da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, espaço semelhante ao utilizado para a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Curitiba, em 2018.

A decisão foi tomada um dia após a defesa do ex-presidente solicitar prisão domiciliar humanitária, alegando necessidade de continuidade em tratamentos de saúde. O pedido foi feito nos autos da Ação Penal em que Bolsonaro e outros réus foram condenados pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal por liderarem a tentativa de golpe para anular o resultado das eleições de 2022.

Ainda cabe recurso contra a condenação, cujo prazo expira na próxima semana.

Confira a íntegra da decisão: https://noticias-stf-wp-prd.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/wpallimport/uploads/2025/11/22083749/Decisao-PP-JB.pdf

* COM INFORMAÇÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA AGÊNCIA BRASIL

Foto: Reprodução/Globonews

11 comentários em “Convocação de aliados e violação da tornozeleira eletrônica levaram à prisão preventiva de Jair Bolsonaro”

  1. I believe this is one of the most vital information for me.
    And i am happy reading your article. But wanna commentary on few
    basic things, The website taste is wonderful, the articles
    is really excellent : D. Just right activity, cheers

    Responder

Deixe um comentário para Isaac Cancelar resposta

Jornal Digital
Jornal Digital Jornal Digital – Edição 755