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Verão: calor em excesso afeta a inteligência; entenda

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Conforme a temperatura sobe, o desempenho cognitivo diminui

Por: MF Press Global

Conforme a temperatura sobe, o desempenho cognitivo diminui. Em temperaturas acima dos 30 graus Celsius, qualquer tarefa que exija muito esforço mental torna-se muito mais difícil de realizar. Temperaturas mais altas podem impedir que as fibras nervosas funcionem corretamente.  Isso significa que, às vezes, as mensagens não conseguem chegar e sair do cérebro.  Por causa disso, você pode sentir fadiga, fraqueza ou problemas de equilíbrio ou visão.

As informações foram verbalizadas pelo pós PhD neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela. “O estresse térmico ocorre quando o corpo não consegue se resfriar o suficiente para manter uma temperatura saudável, o que pode diminuir a capacidade cognitiva”, reforçou.

Segundo ele, muita exposição ao calor também pode prejudicar o fluxo sanguíneo e o suprimento de oxigênio para o cérebro, podendo levar a um episódio de desmaio.

“Em temperaturas altas, a barreira hematoencefálica começa a se romper e proteínas e íons indesejados podem se acumular no cérebro, causando inflamação e atrapalhando o funcionamento normal. As proteínas também podem se desdobrar, o que pode causar a morte celular no cérebro. O hipotálamo, região do cérebro que regula a temperatura interna do corpo pode influenciar a forma como o calor nos afeta, enviando sinais às glândulas sudoríparas para produzir suor e resfriar o corpo”, afirmou.

Fabiano ressalta ainda que o circuito ventral, que inclui a amígdala, o córtex pré-frontal medial ventral e o estriado ventral, tem conectividade substancial com o hipotálamo. Conforme ele, o circuito dorsal, que inclui o córtex parietal inferior, o córtex pré-frontal lateral dorsal e o estriado dorsal, tem conectividade mínima com o hipotálamo. A conectividade hipotalâmica sugere papéis distintos para esses circuitos. Propomos que o circuito ventral defina os objetivos comportamentais e o circuito dorsal orquestre o comportamento para atingir esses objetivos.

“Interações hipotalâmicas com circuitos neurais de larga escala são subjacentes ao aprendizado por reforço e ao comportamento motivado, relacionando a cognição. Temperaturas mais quentes são um problema ainda maior para pessoas com problemas neurológicos, por serem incapazes de regular a temperatura corporal e tolerar o calor tão facilmente. Pessoas com esclerose múltipla, por exemplo, ao calor forte, tem consequências negativas para o cérebro eficiência”, concluiu.

Foto de Capa: Divulgação/Freepik

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