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A homeopatia pode substituir os remédios alopáticos nos transtornos emocionais? 

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Terapeuta especialista em homeopatia comenta a questão 

Por Amanda Silveira

Para começar, é importante diferenciar os medicamentos alopáticos dos homeopáticos. Grosso modo, podemos dizer que o medicamento alopático tem a funcionalidade de produzir ao organismo reação contrário aos sintomas apresentados, com o intuito de diminuir ou até mesmo, neutralizá-lo, sendo produzidos em grande escala. Já os medicamentos da homeopatia são utilizados no tratamento de forma menos agressiva e estimulam o organismo a reagir, ajudando no fortalecimento deste com dosagens muito menores de seus ativos. Nesse contexto, vale definir também os medicamentos fitoterápicos, que são integralmente obtidos a partir de plantas, passando por um processo de industrialização, com a padronização da quantidade e da forma de uso. Estes princípios ativos podem ser extraídos das raízes, caule, folhas, flores e sementes das plantas medicinais e estes são comercializados ou distribuídos na forma de cápsulas, comprimidos, pomadas ou xaropes. 

Para a terapeuta holística, Priscila Tissi, especialista em homeopatia, é plenamente possível utilizar somente a homeopatia em doenças relacionadas aos transtornos mentais, como ansiedade, pânico ou depressão, tanto como fazer o uso complementar ao tratamento alopático. Ela explica que, até em casos do transtorno bipolar, a homeopatia pode ser uma alternativa. E não somente a homeopatia como também a medicação fitoterápica. “Como a gente começou e aprendeu a cuidar da nossa saúde? Com ervas e chás, que depois foram encapsulados, não é mesmo? Então, também era assim que cuidávamos inclusive da nossa saúde emocional”, destaca. 

Priscila conta que já tive vários casos de excelente retorno, tanto somente com a homeopatia como com o trabalho complementar. Ela explica que no encontro realizado para a análise da terapeuta com o objetivo de prescrever as doses homeopáticas, que costumam durar até mais de uma hora, diversas perguntas são feitas e que muitas vezes pessoas com histórias de vida muito parecidas estão, naquele momento, desenvolvendo processos depressivos, ansiosos ou de pânico completamente diferentes. Nesse sentido, a profissional acredita que, por ser manipulada em doses individualizadas, a homeopatia pode ir direto à fonte do problema, trazendo resultados bastante efetivos. “A homeopatia é como uma digital, cada um tem a sua. Mesmo pessoas com histórias parecidas e sintomas parecidos têm indicações de fórmulas totalmente personalizadas”.  

A terapeuta chama a atenção para os sintomas desses transtornos, que podem ser diferentes de pessoa para pessoa e, algumas vezes, até mais incomuns, como uma mudança no funcionamento intestinal, queda de cabelo, roedura de unhas, entre outros. “É comum imaginar uma pessoa depressiva que chora o tempo todo, ou uma síndrome do pânico que dispara o coração, causa falta de ar, coisas assim, mas ninguém é igual a ninguém e, por isso, essa análise longa e profunda feita no primeiro encontro é tão importante. Além disso, mês a mês as fórmulas podem ser alteradas, baseando-se nessa análise”, atenta. 

Para concluir, Priscila Tissi afirma que ela, como profissional, acredita no tratamento somente homeopático nesses transtornos, mas, ressalta deve haver um desmame gradual dos medicamentos alopáticos com o médico responsável. Ela aposta também no alinhamento dos dois tratamentos como forma de controle e cura, afirmando sempre o caráter complementar da homeopatia, indicada e reconhecida, inclusive, pelo Sistema Único de Saúde – SUS. 

Foto: Divulgação

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