Crescimento da Severidade na Bahia Impacta Indicadores da Região Nordeste
Por ASCOM/ANA
A última atualização do Monitor de Secas apontou um aumento na área afetada pela seca em quatro estados do Nordeste, entre maio e junho deste ano: Bahia, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. Em contrapartida, houve uma diminuição do fenômeno em outros quatro estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Apenas o Ceará manteve-se livre da seca nesse período, apresentando as melhores condições no país em junho. Essas variações resultaram em um aumento da área total com seca na região Nordeste, que saltou de 39% para 56% durante esses dois meses.
O destaque desse período foi a intensificação da seca na Bahia, o estado com a maior área da região Nordeste. Esse aumento na severidade na Bahia refletiu-se na piora dos indicadores de seca de toda a região. Enquanto o Ceará permaneceu sem seca em junho, os outros sete estados nordestinos mantiveram uma intensidade estável do fenômeno.
O Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com instituições estaduais e federais, acompanha a evolução da severidade das secas no Brasil. Seus resultados são fundamentais para o planejamento de políticas públicas de combate à seca.
Além do Nordeste, a atualização também revelou tendências nacionais. Houve abrandamento da seca em três estados: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo, enquanto em outros três, o fenômeno se intensificou: Bahia, Pará e Tocantins. Em relação à área afetada, o Amazonas liderou a lista em junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, a área com seca aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de km², representando 53% do território brasileiro.
O Monitor de Secas desempenha um papel fundamental no acompanhamento da evolução das secas no país, contribuindo para a tomada de decisões e ações de mitigação. Por meio de indicadores e impactos de curto e longo prazo, essa ferramenta oferece informações valiosas para o combate a um fenômeno recorrente e impactante no Brasil.
O projeto, que atualmente abrange as cinco regiões do país, continuará sua expansão em 2023 para incluir todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.