POR REDAÇÃO JS*
O jovem Rafael Sousa Silva, de apenas 14 anos, aluno do Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas, em Livramento de Nossa Senhora, foi homenageado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) por sua atuação no Programa Caça Asteroides MCTI, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o International Astronomical Search Collaboration (IASC), coordenado pelo professor Patrick Miller, da Universidade Hardin-Simmons, no Texas (EUA). Presente em mais de 80 países, o Projeto permite que estudantes utilizem métodos científicos reais para localizar corpos celestes próximos da Terra, promovendo o engajamento de jovens na Astronomia e nas Ciências Espaciais. A cerimônia de entrega das medalhas ocorreu no último dia 14, em Brasília (DF), durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), encerrada no domingo (26).
Rafael Souza Silva integrou a equipe “Marcelinho Ensina”, composta por estudantes do Ceará, Rio de Janeiro e Bahia, sob a liderança de Marcelo Gomes Viana Lopes, de apenas 9 anos. O grupo se destacou ao identificar 11 asteroides preliminares (corpo celeste identificado por meio de imagens astronômicas, mas que ainda está em fase inicial de análise e validação, que precisa passar por etapas adicionais de confirmação para ser oficialmente reconhecida como um asteroide), por meio da análise de imagens reais do espaço, fornecidas pelo Programa.
“Ser um cientista-cidadão é uma honra e uma oportunidade de auxiliar a Nasa na detecção de possíveis ameaças vindas do espaço”, declarou Rafael Silva, atualmente na 1ª série do Ensino Médio. Ele destacou que o reconhecimento representa sua dedicação aos estudos e reforça seu desejo de seguir carreira na área. “Desde o Ensino Fundamental, sempre gostei de Astronomia e dizia que queria ser professor para compartilhar esse conhecimento. Receber esse reconhecimento da Nasa é uma honra que nunca imaginei alcançar”, celebrou.
A mãe, Patrícia Moraes, acompanhou o filho na cerimônia e não escondeu o orgulho. “É muito gratificante. Ele sempre gostou de estudar, ler, desenhar e também é músico – toca teclado, violão e canta. Ele e o irmão têm ouvido absoluto”, contou.
Inspirado pelo céu limpo e estrelado de Livramento de Nossa Senhora, Rafael costuma observar os astros com frequência, reforçando sua paixão pela ciência. Sua conquista evidencia o talento dos estudantes da rede pública baiana e o papel transformador da educação científica na formação de novos pesquisadores.
Foto: Arquivo Pessoal




