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Febre Reumática Aguda: Avanços na Pesquisa Internacional para Diagnóstico e Tratamento

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Doença inflamatória pouco conhecida atinge principalmente jovens e pode causar complicações cardíacas e neurológicas.

Por Lorena Souza/ Comunicação Unex

A febre reumática aguda, uma condição inflamatória que pode afetar diversas partes do corpo, ganha destaque com avanços na pesquisa internacional visando um diagnóstico mais eficaz e tratamento otimizado.

Sintomas como dor persistente na garganta, inflamação, dor nas articulações e febre indicam a presença da febre reumática aguda. Embora ainda pouco compreendida, esta enfermidade tem sido alvo de avanços significativos tanto no diagnóstico quanto no tratamento. A doença, que pode variar desde desconfortos articulares até sérios danos cardíacos, agora se encontra sob os holofotes da pesquisa internacional, que busca proporcionar uma detecção mais precoce.

Esta condição é mais frequentemente observada entre as idades de 5 e 15 anos, frequentemente após infecções de garganta (faringites). O sistema imunológico, nessas situações, erroneamente ataca tecidos saudáveis. A forma mais grave da doença é quando os sintomas se estendem para o coração e o sistema nervoso. A febre reumática aguda surge como uma resposta imunológica anormal a infecções causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes. Seus efeitos podem abranger coração, articulações, pele e até o sistema nervoso central.

“Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem febre, dor e inflamação nas articulações, dor no peito ou falta de ar por comprometimento cardíaco, lesões avermelhadas na pele e movimentos involuntários dos músculos”, explica a médica reumatologista Hany Cruz.

O tratamento da febre reumática aguda, em geral, se baseia no uso de antibióticos para tratar a infecção estreptocócica inicial, além de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e reduzir a inflamação. A Dra. Hany enfatiza a importância do diagnóstico e tratamento precoce, especialmente para evitar complicações cardíacas: “Identificar a doença em seus estágios iniciais é crucial para prevenir complicações graves, especialmente as relacionadas ao coração. A pesquisa internacional sobre biomarcadores mostra um avanço significativo na compreensão desta enfermidade”, destaca a profissional, também professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Excelência – Unex, em Feira de Santana.

Além dos medicamentos prescritos pelo médico, o paciente pode receber acompanhamento de um fisioterapeuta para redução de dores e promoção do bem-estar. Para Dijalma Campos, fisioterapeuta e professor da Unex no curso de Fisioterapia, essa fase de reabilitação é crucial. “O tratamento e atendimento a pacientes com febre reumática aguda são adaptados às necessidades individuais. O profissional pode aplicar exercícios para manter a mobilidade e a postura, além de auxiliar na redução das dores.”

Pesquisa Revolucionária

Recentemente, foi anunciado que o Hospital Estadual da Criança (HEC) é representante da América Latina em uma pesquisa internacional focada na identificação de biomarcadores sanguíneos capazes de detectar a febre reumática de forma mais precoce e precisa. “Essa pesquisa marca um passo importante na melhoria do diagnóstico e, consequentemente, no tratamento da doença”, declara a Dra. Hany Cruz.

Foto de Capa: FreePik

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